Boletim “AgroVOZ” #02
Situada em Santa Rita do Araguaia (GO), a Fazenda Flamboyant, conseguiu comprovar por meio de números, que o melhoramento genético é capaz de proporcionar mais eficiência e lucratividade para a propriedade rural. A partir do cruzamento de touros Charolês com fêmeas F1 Angus nasceram novilhos tricross superprecoces, que depois de apenas 12 meses (menos da metade da idade média nacional) foram para o abate com quase 20 arrobas. Para a Gerente de Corte Taurino da Alta, uma empresa que atua na área de genética e parceira da fazenda, Luiza Mangucci, conseguir abater animais tão jovens com peso elevado, como foi o caso, é o que todo pecuarista busca.
As vespas do Theros parasitam os ovos de percevejo, fazendo com que cada um dê origem a um novo parasitoide, não nascendo mais percevejos. O resultado disso é o aumento exponencial da população de Theros e do parasitismo, o que leva à redução de 1 a 3 aplicações de inseticidas químicos, além de ser uma ferramenta para manejo de populações resistentes. Fruto de investimentos em biotecnologia e validado por mais de 2.000 trabalhos técnico-científicos, o Theros teve sua comercialização iniciada no final do ano passado, como uma alternativa da companhia para o manejo preventivo, já pensando na safra 2023/2024.
A chegada do El Niño, especialmente a partir do segundo semestre, trouxe uma preocupação a mais para os produtores rurais, afinal, os efeitos desse fenômeno climático têm trazido prejuízos de Norte a Sul do Brasil. O calor extremo unido às chuvas irregulares vêm prejudicando o desenvolvimento das lavouras e causando danos a praticamente todas as culturas. “Em estresse, as plantas têm dificuldade de expressar o seu potencial genético em produtividade. E isso pode acontecer já no início do ciclo, prejudicando o seu estabelecimento inicial”, explica o gerente de biológicos da FMC, empresa de ciências para a agricultura, Antônio Soares. Para a safra da soja 2023/24, as condições climáticas vêm impondo dificuldades e algumas regiões têm enfrentado eventos de estiagem, com efeitos já esperados na produção final da soja. A expectativa é que as quebras, ou seja, as perdas sejam da ordem de 20%, considerando que ao longo de todo o verão, as temperaturas devem seguir extremamente altas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).