Boletim “AgroVOZ” #04

Embora ainda possuam muitos desafios, a presença feminina em cargos de liderança no agronegócio brasileiro tem crescido. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, elas ocupam atualmente cerca de 34% dos cargos de gestão na área, o que representa mais de 1 milhão de mulheres que comandam mais de 30 milhões de hectares no país. Outro estudo que comprova esse cenário foi realizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e mostra que 59,2% das mulheres que atuam na área são proprietárias ou sócias, 30,5% fazem parte da diretoria e atuam como gerentes, administradoras ou coordenadoras e 10,4% são funcionárias ou colaboradoras.

Resultados efetivos mostram que a chamada segunda safra de milho, ou safrinha, vem se consolidando como parte fundamental da produção dessa cultura no Brasil. Antes relegada ao segundo plano e utilizada com o intuito de manter o solo coberto, nos últimos anos, a safrinha milho ganhou força e já representa quase 50% da área de cultivo tradicional de grãos no verão. Só em 2023, a produção chegou a mais de 87 milhões de toneladas. Contudo, o crescimento da produção na safrinha também trouxe a necessidade de novas estratégias para dar vazão a essa produtividade. “As doenças do solo vêm aumentando em diferentes culturas e regiões do Brasil. Especialmente no milho temos notado o aumento de doenças de solo, em função do ataque de cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) e infecção com molicutes, que deixam as plantas mais debilitadas e suscetíveis a alguns patógenos de solo, como o Fusarium”, explica Antônio Soares, gerente de biológicos da FMC, empresa de ciências para a agricultura.

Até 2050, com uma população global prevista para atingir a marca impressionante de 9 bilhões de pessoas, o consumo de proteína animal está projetado para aumentar em dois terços em comparação com os níveis atuais. Esse crescimento é impulsionado pelo aumento da renda em todo o mundo, alimentando uma demanda crescente por proteína. Os desafios econômicos e as demandas do mercado externo podem influenciar negativamente os custos dos ingredientes. Com o aumento dos preços das matérias-primas, as formulações de ração podem se tornar excessivamente caras para os produtores. É aqui que os aditivos entram em cena, não como uma solução mágica, mas como uma tecnologia inteligente, pautada em ciência, que pode ajudar a enfrentar esses desafios.